No segundo dia de novembro:
por favor, reze por mim!
Reze por tudo aquilo que não fiz
e por tudo aquilo que me fez pecar.
Reze pela minha inércia
e pela minha total falta de caráter.
Reze em voz branda:
a fim de não espalhar minhas mil mazelas.
Reze em qualquer religião
em qualquer canto da sala.
Ore nas estátuas de gesso
ore virado para Meca.
Pois já não posso ver a luz
eu já não posso nada.
E aguardo nesse teu murmúrio
uma suposta fuga deste meu refúgio.
(Berg Nascimento)
* foto de Márcia Foletto
* Poema escrito em 2006
Esse poema eu tenho guardado desde 2006 (nem pensava em blog) e sempre que é Dia de Finados lembro dele. Postei ele na data certa.
ResponderExcluirMe chame de saudade e leve para qualquer lugar.
ResponderExcluirMuito bom cara, um poema forte
ResponderExcluirAbraço