Tento entender os caracteres embaralhados
que o teclado alinha de forma suave.
Minhas pupilas secas e semi-fechadas
rangem como cortinas velhas.
A f a s t o - m e.
Lutar contra meu corpo
nunca foi o que de melhor faço.
Se ao menos fosse como essas
máquinas ao meu redor:
De aço, chumbo, impenetráveis...
Luzes artificiais me engolem
e anunciam o fim do dia.
Ou será o meu?
(Berg Nascimento)
Nós: as máquinas mais perfeitas. Ironia, as mais sensíveis também...
ResponderExcluirBelo poema, Berg!