Quero minha lápide em Père-Lachaise
E poder deteriorar meu corpo comum
Junto aos meus semi-deuses eternos
E misturar-se ao solo em suas essências.
Uivar a noite ao lado de Édith Piaf
Ser personagem mórbido de Balzac
Discutir com Proust morte após a vida
E beber até cair vivo com Morrisson.
Quero minha lápide em Père Lachaise
Sob a rua das pedras que choram
E Alimentar o musgo que cobre o mármore
Saciar a sede das árvores que tocam o céu.
Mas enquanto meu corpo ereto
Ainda tenta nobre arte exumar
Declamo aos portões do cemitério
Versos para poder me eternizar.
(Berg Nascimento)
De todos os dejos as pessoas escolhem não te negar justamente o último.
ResponderExcluir"Se não podem me ler; que eu me leia; que conheça os sobressaltos que interpõe esta ponte, e se ela não existir, que eu seja o engenheiro sagaz; determinado a cumprir com o meu objetivo, seja lá, onde estiver as ferramentas que preciso ainda encontrar para beijar os pés de Clarice Lispector; limpando o chão pelo qual passou Machado de Assis; lendo e aprendendo com o tão polêmico Nietzsche... Ah, Senhor, protetor dos novos e loucos autores, que esta chuva que refrescou a luta árdua de tantos molhe o meu telhado a ponto de encontrar a humildade necessária que não me fará algoz de minhas próprias ambições..."
ResponderExcluirUau! A eternidade será uma festa!
ResponderExcluirAdorei isso, o inusitado.
Puxar um banquinho e ficar por aqui.
Um beijo.