sexta-feira, 1 de abril de 2011

Ciranda celeste




Quando meus olhos fundem céu e mar
numa espécie de duelo celestial
há um certo jogo de brincar.

Toda água que já foi mar
desagua em tempestade
onde Sol não se opõe (está por trás de tudo)
e só fica a espiar.

E a natureza se faz ciranda:
devolve toda água pro céu
que retorna de novo pro mar.

Mas o vento que entra sem chamar
dissipa todas as nuvens (ele não gosta de brincar);
mas nem pense mal dele,
pois é natural das coisas
a brincadeira terminar.

(Berg Nascimento)

* foto de Anahi Santos

http://anahisantos.wordpress.com/


3 comentários:

  1. divina esta ciranda, Berg. Amei este poema, totalmente circular.

    ResponderExcluir
  2. Sempre tem alguém para acabar com a brincadeira...

    ResponderExcluir
  3. o sol se põe para lembrar que tudo acaba.

    ResponderExcluir